Em execução, pode acompanhar aqui.
Este projecto teve como objectivo a conversão do Palácio Benagazil em Sede da CONFAGRI.
O Palácio Benagazil era a casa de recreio do 1º Visconde de Benagazil, Policarpo José Machado (1796-1875), um político, juiz, empresário agrícola e comercial, que foi o responsável pela sua construção. O conjunto existente é constituído pelo Palácio propriamente dito, pela Casa dos Caseiros, pelos Pavilhões de Apoio, pela Casa do Guarda, pelo Pátio de Entrada e pelo Jardim Posterior.
A maior dificuldade deste projecto prendeu-se com a necessária adaptação e compatibilização de uma pré-existência de cariz habitacional, com valor patrimonial, na sede administrativa de uma instituição com a envergadura da CONFAGRI.
A prioridade foi respeitar e preservar, sempre que possível, a volumetria, os traçados, os sistemas construtivos, as decorações, a atmosfera e a idade do edificado original.
Em relação ao edifício do Palácio, o exterior, será restaurado ao seu traçado original, inclusive as alterações efectuadas às fachadas durante as diversas ocupações, que serão revertidas para a forma original. No interior, todas as paredes-mestras e paredes em alvenaria de pedra serão preservadas, salvo casos pontuais de abertura de passagem, as pinturas murais e azulejarias tradicionais presentes em algumas paredes perimetrais e paredes-mestras serão avaliadas e sempre que possível, restauradas.
Estabelecidas as premissas acima descritas, foi reconhecida necessidade de uma ampliação da área construída por forma a dar resposta ao sector administrativo da CONFAGRI que irá ser implantado no local, impôs-se o desafio de como o fazer sem arruinar ou tirar protagonismo ao edifício principal, o Palácio Benagazil. A equipa projectista, depois de muitas considerações e inspirada por uma planta antiga do Palácio que encontrou durante as pesquisas efectuadas, optou por estender a planta em L do Palácio, transformando-a numa planta em U. A nova intervenção funciona conceptualmente como um espelho do L pré-existente, mas possui uma linguagem arquitectónica contemporânea de ruptura, conseguindo desta forma distinguir-se da pré-existência.
Quanto às restantes construções existentes, os problemas de compatibilização com o novo programa a implantar foram resolvidos caso a caso, mas sempre com uma estratégia de fundo, que passa pelo esticar/alongar/estender da geometria existente até esta se enquadrar com as novas necessidades.
Em relação aos espaços exteriores, as prioridades foram restabelecer e fortalecer o ambiente cenográfico do pátio de entrada, criar um ambiente verde e fresco de transição entre o edificado existente e o novo, e criar um espaço versátil e multifacetado para eventos temporários. O pavimento escolhido foi a calçada portuguesa em leque, realizada em dois tons de basalto, claro e escuro, numa espécie de xadrez. A escolha prendeu-se com o reforço do caracter cenográfico do pátio de entrada, o reavivar das raízes construtivas portuguesas tão presentes no edificado pré-existente, e o simples facto de numa observação aérea o padrão criado pelo pavimento ser chamativo, tirando proveito do facto de esta área ser atravessada diariamente por centenas de transportes aéreos, tornando-se um elemento diferenciador numa zona monótona e disforme.
Estado:
Em execução.
Equipas de Projecto:
EVA | evolutionary architecture: Projectos de Arquitectura, Acessibilidades e Arranjos Exteriores
AMC: Coordenação e Pojectos de Estabilidade e Águas
ARproj: Projectos de Segurança. ITED, Eléctrico, Climatização e Acústico